Geração rasca para geração merda (vale a pena ler....)
Se forem muito sensíveis não leiam! Se forem no mínimo curioso(a)s...
então aventurem-se e não se indignem com meia dúzia de impropérios,
porque o que interessa é a ideia final....e essa... está muito boa!!!
"A SIC montou uma gigantesca campanha de promoção para a sua nova
série/novela/monte de merda, que dá pelo nome de Rebelde Way.
Depois de anos a apanhar bonés, percebeu que a melhor maneira de
combater a morangada da TVI era...imitar. É lógico. Era inevitável.
Depois de 20 minutos a ver a nova série (o que me provocou uma crise
de cólicas da qual só um dia depois começo a recuperar) sinto-me
preparado para uma análise.
Bora lá. A fórmula é a mesma nos dois canais. Aqui fica a receita:
1 - Pitas boas. Muitas, quanto mais descascadas melhor (as séries de
verão são, naturalmente, as melhores, porque eles vão todos juntos
para a praia).
2 - Gajos "estilosos". A coisa divide-se em dois: há aqueles que têm
quase 30 anos mas fazem de adolescentes, e depois há os que são mesmo
adolescentes. Estes últimos são aqueles que se levam a sério enquanto
"actores".
O requisito essencial para qualquer gajo que entre nestas séries é ter
um penteado ridículo.
3 - O Rebelde Way tem gajas do norte. Fazem de gajas daqui, mas aquele
sotaque é fodido de perder. Fica ridículo, mas as gajas são boas.
4 - Nos Morangos, a palavra "pessoal" é dita 53 vezes por minuto,
normalmente inserida nas frases "Eh pá, pessoal!", no início de cada
conversa, ou então "Bora lá, pessoal", antes do início de qualquer
actividade.
Agora vamos à bosta que a SIC acabou de parir, com pompa,
circunstância, varejeiras e mau cheiro. Chama-se Rebelde Way. Cool,
man!
O slogan dos Morangos era "Geração Rebelde", mas a inspiração deve ter
vindo de outro lado, de certeza. O que me irrita na poia da SIC é que
os gajos são todos betinhos (até os mânfios são todos giros e cool e
com uma caracterização ridícula, como se fossem a um baile de máscaras
vestidos de agarrados ou arrumadores de carros). Mas depois são bué
rebeldes. São bué mauzões, man! A brincar com os seus iPhone, com as
suas roupinhas fashion, grandes vidas, mas muita mauzões.
Se há algo que esta geração de morangada não pode ser, não tem direito
a ser, é ser rebelde. Rebelde porquê, contra quê? Nunca houve em
Portugal geração mais privilegiada do que a actual, à qual esses putos
pertencem. Nunca qualquer puto teve tanta liberdade e tanta guita no
bolso como esta malta. Nunca as pitas foram tão boas e tão disponíveis
para foder com a turma inteira como agora. Nunca houve tamanha
liberdade de mandar os pais à merda e exigir uma melhor mesada porque
é altura dos saldos. Rebelde porquê? Em nome de quê?
É claro que isto são pormenores com os quais as novelas não se
deparam, nem têm de o fazer. O objectivo é simples: para uma geração
tão privilegiada como aquela que é retratada, há que criar uma
rebeldia fictícia, porque não é cool ser dondoca aos 16 anos. Mas é o
que todos eles são.
Há uns tempos vi, no Largo do Carmo, um bando de uns 15 putos e pitas,
vestidos à "dread" com roupinha acabada de comprar na "Pepe Jeans".
Um dos putos que ia à frente, não devia ter mais de 16 anos, vem a
falar à idiota como se fosse dono da rua, saca duma lata de tinta e
escrevinha qualquer coisa de merda na parede. Todos se riram, todos
adoraram, e ele foi, durante cinco minutos, o maior do bairro. Não fiz
nada, mas devia ter-lhe partido a boca toda.
Todas as últimas gerações antes desta (incluindo a minha, a Geração
Rasca, que se transformou na Geração Crise - bem nos foderam com esta
merda) tiveram de furar, de lutar, de fazer algo. Havia uma alienação
mais ou menos real, que depois se podia traduzir nalguma forma de
rebeldia. Não era o 25 de Abril como os nossos pais. A nossa revolução
é a dos recibos verdes e da consolidação orçamental. Mas esta
morangada sente-se, devido à merda que a televisão lhes serve e aos
paizinhos idiotas que (não) a educaram, que é dona do mundo. Quando já
és dono do mundo, vais revoltar-te contra quem? E por que raio
haverias de o fazer?!
E assim vamos nós. Com novelas de putos "rebeldes", feitas por
"actores" cujo momento de glória é entrar numa boys band ou aparecer
de cú ao léu na capa da FHM, ensinando a todos os outros putos que
temos que ter cuidado com as drogas (mas todos os agarrados são
limpinhos, assépticos, com os mesmos penteados ridículos), que a
gravidez adolescente é má (mas todas as pitas querem foder à grande,
porque são donas da sua própria vida e os pais não sabem nada, etc) e
que, sobretudo, este mundo lhes deve alguma coisa.
Os tomates.A mim e aos meus, o mundo deve alguma coisa. Aos que foram
atrás da merda do canudo para trabalhar num call center, aos que se
matam a trabalhar e são forçados a ser adultos antes do tempo. Não a
esta cambada de mentecaptos.
E depois estas séries vão retratando "problemas sociais da juventude",
afagando a consciência de quem "escreve" aquela merda, enquanto ao
mesmo tempo incentivam esta visão egocêntrica, egoísta e vácua desta
geração acabadinha de sair do forno.
Talvez eu esteja a ficar velho e a soar como o meu pai. Lamento se não
é cool. Mas esta merda enoja-me.»
Vão ser rebeldes pó caralhete."
Anónimo (senão ainda vou dentro)...
Tuesday, April 21, 2009
Thursday, July 31, 2008
CAPUCHINHO VERMELHO... Versão Acordo Ortográfico em 2058
De acordo com o dito acordo ortográfico, esta história vai rezar assim...
Tás a ver uma dama com um gorro vermelho? Yah, essa cena! A pita foi obrigada pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha tava a bater mal, tázaver? E então disse-lhe:
"- Ouve, nem te passes! Népia dessa cena de ires pelo refundido das árvores, que salta-te um meco marado dos cornos para a frente e depois tenho a bófia à cola!"
Pá, a pita enfia a carapuça e vai na descontra pela estrada, mas a toca da velha era bué longe, e a pita cagou na cena da kota dela e enfiou-se pelo bosque. Népia de mitra, na boa e tal, curtindo o som do iPod... É então que, ouve lá, salta um baita dog marado, todo chinado e bué ugly mêmo, que vira-se pa ela e grita:
"- Yoo, tá td? Dd tc?
"- Tásse... do gueto alí! E tu... tásse?" - disse a pita
"- Yah! E atão, q se faz?"
"- Seca, man! Vou levar o pacote à velha que mora ao fundo da track, que tá kuma moka do camano!"
"- Marado, marado!... Bute ripar uma até lá?"
"- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de pildra se me cata..."
"- Dasse, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até à casa da tua velha, até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada."
"- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!!
E lá riparam. Só que o dog enfiou-se por um short no meio do mato e chegou à toca da velha na maior, com bué avanço, tázaver?
Manda um toque na porta, a velha "- quem é?" e o camano e ele "- ah e tal, e não sei quê, que eu sou a pita do gorro vermelho, e na na na...". A velha abre a porta e PIMBA, o dog papa-a toda... Mas mesmo, abre a bocarra e o camano e até chuchou os dedos... O mano chega, vai ao móvel da velha, saca uma shirt assim mêmo à velha que a meca tinha lá, mete uns glasses na tromba e enfia-se no VL... o gajo tava bué abichanado mêmo, mas a larica era muita e a pita era à maneira, tásaver?
A pita chega, e tal, e malha na porta da velha.
"- Basa aí cá pa dentro!" - grita o dog.
"- Yo velhita, tásse?"
"- Tásse e tal, cuma moca do camâno... mas na boa..."
"- Toma esta cena, pa mamares-te toda aí..."
"- Bacano, pa ver se trato esta cena."
"- Pá, mica uma cena: pa ké esses baita olhos, man?"
"- Pá, pa micar melhor a cena, tázaver?"
"- Yah, yah... E os abanos, bué da bigs, pa ke é?"
"- Pá, pa poder controlar melhor a cena à volta, tázaver?"
"- Yah, bacano... e essa cremalheira toda janada e bué big? Pa que é a cena?"
"- É PA CHINAR ESSE CORPO TODO!!! GRRRRRRRR!!!!"
E o dog manda-se à pita, naquela mêmo de a engolir, né? Só que a pita dá-lhe à brava na capoeira e saca um back-kick mesmo directo aos tomates do man e basa porta fora! Vai pela rua aos berros e tal, o dog vem atrás e dá-lhe um ganda-baite, pimba, mêmo nas nalgas, e quando vai pa engolir a gaja aparece um meco daqueles que corta as cenas cum serrote, saca de machado e afinfa-lhe mêmo nos cornos. O dog kinou logo alí, o mano china a belly do dog e saca de lá a velha toda cheia da nhanha. Ina man, e a malta a gregoriar-se toda!!!
E prontes, já tá...
Tás a ver uma dama com um gorro vermelho? Yah, essa cena! A pita foi obrigada pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha tava a bater mal, tázaver? E então disse-lhe:
"- Ouve, nem te passes! Népia dessa cena de ires pelo refundido das árvores, que salta-te um meco marado dos cornos para a frente e depois tenho a bófia à cola!"
Pá, a pita enfia a carapuça e vai na descontra pela estrada, mas a toca da velha era bué longe, e a pita cagou na cena da kota dela e enfiou-se pelo bosque. Népia de mitra, na boa e tal, curtindo o som do iPod... É então que, ouve lá, salta um baita dog marado, todo chinado e bué ugly mêmo, que vira-se pa ela e grita:
"- Yoo, tá td? Dd tc?
"- Tásse... do gueto alí! E tu... tásse?" - disse a pita
"- Yah! E atão, q se faz?"
"- Seca, man! Vou levar o pacote à velha que mora ao fundo da track, que tá kuma moka do camano!"
"- Marado, marado!... Bute ripar uma até lá?"
"- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de pildra se me cata..."
"- Dasse, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até à casa da tua velha, até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada."
"- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!!
E lá riparam. Só que o dog enfiou-se por um short no meio do mato e chegou à toca da velha na maior, com bué avanço, tázaver?
Manda um toque na porta, a velha "- quem é?" e o camano e ele "- ah e tal, e não sei quê, que eu sou a pita do gorro vermelho, e na na na...". A velha abre a porta e PIMBA, o dog papa-a toda... Mas mesmo, abre a bocarra e o camano e até chuchou os dedos... O mano chega, vai ao móvel da velha, saca uma shirt assim mêmo à velha que a meca tinha lá, mete uns glasses na tromba e enfia-se no VL... o gajo tava bué abichanado mêmo, mas a larica era muita e a pita era à maneira, tásaver?
A pita chega, e tal, e malha na porta da velha.
"- Basa aí cá pa dentro!" - grita o dog.
"- Yo velhita, tásse?"
"- Tásse e tal, cuma moca do camâno... mas na boa..."
"- Toma esta cena, pa mamares-te toda aí..."
"- Bacano, pa ver se trato esta cena."
"- Pá, mica uma cena: pa ké esses baita olhos, man?"
"- Pá, pa micar melhor a cena, tázaver?"
"- Yah, yah... E os abanos, bué da bigs, pa ke é?"
"- Pá, pa poder controlar melhor a cena à volta, tázaver?"
"- Yah, bacano... e essa cremalheira toda janada e bué big? Pa que é a cena?"
"- É PA CHINAR ESSE CORPO TODO!!! GRRRRRRRR!!!!"
E o dog manda-se à pita, naquela mêmo de a engolir, né? Só que a pita dá-lhe à brava na capoeira e saca um back-kick mesmo directo aos tomates do man e basa porta fora! Vai pela rua aos berros e tal, o dog vem atrás e dá-lhe um ganda-baite, pimba, mêmo nas nalgas, e quando vai pa engolir a gaja aparece um meco daqueles que corta as cenas cum serrote, saca de machado e afinfa-lhe mêmo nos cornos. O dog kinou logo alí, o mano china a belly do dog e saca de lá a velha toda cheia da nhanha. Ina man, e a malta a gregoriar-se toda!!!
E prontes, já tá...
Friday, November 9, 2007
Ser Homem é que custa!... esqueçam lá isso do dia da Mulher!!!
Estou aqui hoje em luta pela emancipação do Homem!
Quermos os mesmos direitos que a mulher!!
Ser homem é:
- Sentir a dor física de uma bolada nos tomates;
- A tortura de ter de usar fato e gravata no Verão;
- O suplício de fazer a barba todos os dias;
- O desespero das cuecas apertadas;
- A loucura que é fingir indiferença diante de uma mulher sem soutien;
- O tormento de ter que resistir olhar para umas pernas com uma mini-saia;
- Ir à praia e tentar não olhar para aquele mulherão que está deitada mesmo, mesmo ao nosso lado;
- Viver sob o permanente risco de ter de andar à porrada;
- Vigiar o grelhador no churrasco ao fim de semana enquanto todos se divertem;
- Ter sempre de resolver os problemas do carro;
- Ter de reparar na roupa nova dela;
- Ter de reparar que ela mudou de perfume;
- Ter de reparar que ela mudou a tinta do cabelo de Imedia 713 para 731 loiro/bege;
- Ter de reparar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja só 1cm;
- Jamais notar que ela está com um pouco de celulite;
- Jamais dizer que ela engordou, mesmo que seja a pura verdade;
- Desviar os olhos do decote da secretária, que se faz distraída e deixa a blusa desabotoada até ao umbigo;
- Ter a obrigação de ser um atleta sexual;
- Ter a suspeita de que ela, com todos aqueles suspiros e gemidos, só está a tentar incentivar-nos;
- Engolir um NÃO, virar para o lado conformado e dormir, apesar da vontade de partir o quarto todo e fazer um escândalo;
- Ter de ouvi-la dizer que está sem roupa, quando o problema é onde colocar novos armários para guardar mais roupa;
- Ter de almoçar aos domingos na casa dos sogros, discutir política com aquele velho reaça, tratar bem os sobrinhos, controlar-se para não olhar para o decote da irmã dela e não arrear um arraial de porrada ao irmão, sacana do caraças que vem sempre pedir dinheiro emprestado.
Depois elas ainda acham que é fácil, só porque NÃO TEMOS O PERÍODO!
Ah!! é verdade quase me esquecia...falta uma coisa muito importante que acontecia (e ainda acontece) a quem usa calças com fecho em vez de botões,
- Entalar a gaita na porcaria do fecho.
São duas dores...... É o entalanço e depois abrir o fecho outra vez......
Estão a ver??? Ter um filho só custa no parto!!!
Para quando um dia do Homem??!!
Tuesday, October 2, 2007
O Cliente Tem Sempre razão...
Thursday, September 6, 2007
As formigas...
As formigas, meus amigos, são umas vilãs!!
As formigas foram um dos seres vivos que eu mais admirei até esta semana (e reparem que eu digo FORAM!)... a labuta, o sacrificio, a organização, a vivência em comunhão onde o lema "Uma por todas e todas por uma" me fazia muito mais sentido ao observar a forma metódica e simples como elas, as formigas, desempenham o seu trabalho... muito mais do que ouvi-lo, por exemplo, da boca do Dartacão e seus cumpinchas que defendiam o Rei Luis XV contra os comandados do Cardeal Richelieu personificado numa ratazana que tentava mandar numa nação de cães...
Mas as formigas... as formigas são muito mais do que as meras trabalhadoras que todos julgam! São cínicas, sádicas, são crueis, implacáveis, são o verdadeiro exemplo de como uma organização tipo máfia funciona!! Acredito que todos esses grupos que praticam o crime organizado (CGD, EDP, DGCI, SS, PT, SMAS, BES, BCP, BPI, BIC, enfim...) aprenderam a observar o comportamento e atitude das formigas...
Andam ali, a fingirem-se pequenas... sempre caladas a ver se ninguém dá por elas... dissimuladas, a esconderem a sua verdadeira identidade, falsas!!... e depois quando ninguém espera, pimba! disferem o golpe final e fatal!!
Minhas ricas bolachinhas com recheio de morango e pulvilhadas com pepitas de chocolate...
... desgraçadas!! Cabras!
As formigas foram um dos seres vivos que eu mais admirei até esta semana (e reparem que eu digo FORAM!)... a labuta, o sacrificio, a organização, a vivência em comunhão onde o lema "Uma por todas e todas por uma" me fazia muito mais sentido ao observar a forma metódica e simples como elas, as formigas, desempenham o seu trabalho... muito mais do que ouvi-lo, por exemplo, da boca do Dartacão e seus cumpinchas que defendiam o Rei Luis XV contra os comandados do Cardeal Richelieu personificado numa ratazana que tentava mandar numa nação de cães...
Mas as formigas... as formigas são muito mais do que as meras trabalhadoras que todos julgam! São cínicas, sádicas, são crueis, implacáveis, são o verdadeiro exemplo de como uma organização tipo máfia funciona!! Acredito que todos esses grupos que praticam o crime organizado (CGD, EDP, DGCI, SS, PT, SMAS, BES, BCP, BPI, BIC, enfim...) aprenderam a observar o comportamento e atitude das formigas...
Andam ali, a fingirem-se pequenas... sempre caladas a ver se ninguém dá por elas... dissimuladas, a esconderem a sua verdadeira identidade, falsas!!... e depois quando ninguém espera, pimba! disferem o golpe final e fatal!!
Minhas ricas bolachinhas com recheio de morango e pulvilhadas com pepitas de chocolate...
... desgraçadas!! Cabras!
Thursday, August 2, 2007
A Fábula do Executivo
Caros amigos,
passado este ataque de preguicite do qual fui alvo nestes ultimos 15 dias (vulgo férias...), eis-me de volta para mais um monte de baboseiras...
Esta é a fábula de um alto executivo que, stressado, foi ao psiquiatra.
Relatou ao médico o que sentia e o psiquiatra, experiente, logo diagnosticou:
"- O Sr. precisa de se afastar da sua actividade profissional durante uns tempos. Aí umas duas semanas deve ser suficeinte... O conveniente é que vá para o interior, isole-se do dia-a-dia e procure ocupar o seu tempo com actividades que o relaxem"
Dado o veredicto e passada a receita, o nosso executivo procurou seguir as orientações dadas pelo médico. Munido de vários livros, CDs e o seu laptop (mas sem o telemóvel) partiu para a quinta de um amigo em busca do tão merecido e necessário descanso.
Passados os dois primeiros dias, o nosso executivo já tinha lido dois livros e ouvido quase todos os CDs. Continuava inquieto. Pensou então que praticar alguma atividade física seria um bom antídoto para a ansiedade que ainda o dominava. Chamou o amigo, dono da quinta, e pediu-lhe para realizar uma das tarefas habituais lá do sitio... O amigo ficou pensativo... viu uma montanha de esterco que tinha acabado de receber... olhou para um monte que ficava no outro lado da quinta e disse ao nosso executivo:
"Olha... Podes ir espalhando aquele esterco todo naquela aquela área que está a ser preparada para o cultivo. " (E olhem que era pra cima de uma carrada de esterco!!) Dito isto pensou para consigo: "Ele vai demorar aí uma semana para espalhar tanta merda..."
Puro engano. No dia seguinte o nosso executivo já tinha espalhado o esterco (todo!!) por toda a área que o amigo lhe dissera... depois de ver isto, o amigo ficou perplexo mas estimulado para lhe atribuir a próxima tarefa...
- "vais abater 500 galinhas com esta faca" (que estava cega... mais cega que o ray charles...) Essa foi fácil! Em menos de 3 horas já estavam todas prontas para serem depenadas. Pediu logo um novo trabalho.
O amigo pensou... pensou... até que lhe disse: "Bom... Estamos a iniciar a apanha das laranjas. Vais ao laranjal e levas três cestos contigo para, depois de colheres, distribuires e dividires as laranjas por tamanhos. Pequenas, médias e grandes." E assim foi...
No fim do dia o nosso executivo não havia maneira de aparecer... Preocupado e intrigado o amigo dirigiu-se ao laranjal para descortinar as razões de tanta demora. Ao chegar deparou-se com o nosso executivo, de pé, com uma laranja na mão, os cestos ainda completamente vazios e a falar sozinho:
"- Esta é grande. Não... vendo bem é mais média... Ou será pequena??? É pequena!! Definitivamente!! Mas vendo bem desta perspectiva até que... talvez seja é grande... Ou será média??? É isso!! Esta é média!!! por outro lado... é capaz de ser pequena...."
Moral da história:
Espalhar merda e cortar cabeças é fácil. O difícil é tomar decisões.
passado este ataque de preguicite do qual fui alvo nestes ultimos 15 dias (vulgo férias...), eis-me de volta para mais um monte de baboseiras...
Esta é a fábula de um alto executivo que, stressado, foi ao psiquiatra.
Relatou ao médico o que sentia e o psiquiatra, experiente, logo diagnosticou:
"- O Sr. precisa de se afastar da sua actividade profissional durante uns tempos. Aí umas duas semanas deve ser suficeinte... O conveniente é que vá para o interior, isole-se do dia-a-dia e procure ocupar o seu tempo com actividades que o relaxem"
Dado o veredicto e passada a receita, o nosso executivo procurou seguir as orientações dadas pelo médico. Munido de vários livros, CDs e o seu laptop (mas sem o telemóvel) partiu para a quinta de um amigo em busca do tão merecido e necessário descanso.
Passados os dois primeiros dias, o nosso executivo já tinha lido dois livros e ouvido quase todos os CDs. Continuava inquieto. Pensou então que praticar alguma atividade física seria um bom antídoto para a ansiedade que ainda o dominava. Chamou o amigo, dono da quinta, e pediu-lhe para realizar uma das tarefas habituais lá do sitio... O amigo ficou pensativo... viu uma montanha de esterco que tinha acabado de receber... olhou para um monte que ficava no outro lado da quinta e disse ao nosso executivo:
"Olha... Podes ir espalhando aquele esterco todo naquela aquela área que está a ser preparada para o cultivo. " (E olhem que era pra cima de uma carrada de esterco!!) Dito isto pensou para consigo: "Ele vai demorar aí uma semana para espalhar tanta merda..."
Puro engano. No dia seguinte o nosso executivo já tinha espalhado o esterco (todo!!) por toda a área que o amigo lhe dissera... depois de ver isto, o amigo ficou perplexo mas estimulado para lhe atribuir a próxima tarefa...
- "vais abater 500 galinhas com esta faca" (que estava cega... mais cega que o ray charles...) Essa foi fácil! Em menos de 3 horas já estavam todas prontas para serem depenadas. Pediu logo um novo trabalho.
O amigo pensou... pensou... até que lhe disse: "Bom... Estamos a iniciar a apanha das laranjas. Vais ao laranjal e levas três cestos contigo para, depois de colheres, distribuires e dividires as laranjas por tamanhos. Pequenas, médias e grandes." E assim foi...
No fim do dia o nosso executivo não havia maneira de aparecer... Preocupado e intrigado o amigo dirigiu-se ao laranjal para descortinar as razões de tanta demora. Ao chegar deparou-se com o nosso executivo, de pé, com uma laranja na mão, os cestos ainda completamente vazios e a falar sozinho:
"- Esta é grande. Não... vendo bem é mais média... Ou será pequena??? É pequena!! Definitivamente!! Mas vendo bem desta perspectiva até que... talvez seja é grande... Ou será média??? É isso!! Esta é média!!! por outro lado... é capaz de ser pequena...."
Moral da história:
Espalhar merda e cortar cabeças é fácil. O difícil é tomar decisões.
Monday, July 16, 2007
Crise existencial
Se se pensar bem neste tema, verão que as tão faladas e abordadas crises existênciais são um dos principais motores da economia mundial... comecemos a "desconstruir" esta teoria idiota pelo fim.
Que seria dos psicologos se não tivessemos crises existenciais? Seriam eles capazes de fazer outra coisa qualquer senão ouvir e analisar as nossas crises existenciais?
Teremos nós consciência de que se não fossem as nossas crises os psicologos estariam todos no desemprego? Ou seja, eu sou responsável pelo emprego de um psicologo neste país... logo estou a gerar riqueza pó... sacana do gajo que ganha uma fortuna por cada consulta de 60 minutos!!
A questão económica em si:
Para poder ir ao "sacana" desabafar as minhas horriveis crises existenciais, posso deslocar-me de formas diferentes:
A pé fazendo-me gastar as solas dos sapatos contribuindo para a consolidação da industria do calçado (o que é positivo...) mas provocando a emissão de gases nocivos para a atmosfera por via das suas fábricas (menos positivo...) fazendo ainda com que transpire bastante (aqui o problema, para além dos detergentes e água gasta na lavagem da roupa, são mesmo os gases nocivos que emano... tendencionalmente de um tom amarelo esverdeado e fumegante...) e perca liquidos obrigando-me a gastar dinheiro em "mines" para os voltar a repor (os pratos voltam a quilibrar-se...) e assim alimentar a industria da "jola"... e manter as suas fábricas poluentes que estão a dar cabo das taínhas que habitam o Tejo (mas por uma "jola" fresquinha até o mundo se sacrifica um bocadinho... e ninguém come taínhas...)...
Se for em carro próprio gasto combustivel e enriqueço as empresas petroliferas ao mesmo tempo que dou um contributo importante para o aquecimento global do planeta dado o volume de co2 que é libertado pela minha viatura (que, diga-se em abono da verdade, até é um bom carro...) e ainda duas facadas na minha crise existencial pelo sentimento de culpa que me assalta ao aperceber-me de tudo isto. Para além disso volto a gastar as solas dos sapatos no trajecto que tenho de fazer até chegar ao veículo... consequência?? transpiro... logo?? compro umas "mines"... depois as longas filas de trânsito e o ruído ensurdecedor dos motores a roncar que só é combatido e suavizado pela som da carica da "mine"a saltar... (se ao menos tivesse aqui um pires de tremoço...)...
"Ah e coiso..." dizem vocês, que é como quem diz "... e porque é que não vais de carris..?? Deves ter algum problema em andar de transportes públicos... deves ser fino...! deves...!" Ora bem, se for através de um transporte publico continuo a gastar as solas dos sapatos para ir até à paragem... (já se está mesmo a ver onde é que isto vai parar...) consequência?? transpiro... logo?? ..."mines"... depois compro um bilhete que, por acaso, é de papel fazendo-me dar mais uma trolitada na crise pelo sentimento de culpa provocado pela árvore que acabei de abater na amazónia... não deixo de contribuir para o aumento do buraco na camada de ozono devido aos gases emitidos pelo escape do autocarro construído em 1938 e que me transporta ao consultório da "besta"... deprimindo-me ainda mais... consequência?? transpiro... logo?? pimba! mais uma mine...
Que seria dos psicologos se não tivessemos crises existenciais? Seriam eles capazes de fazer outra coisa qualquer senão ouvir e analisar as nossas crises existenciais?
Teremos nós consciência de que se não fossem as nossas crises os psicologos estariam todos no desemprego? Ou seja, eu sou responsável pelo emprego de um psicologo neste país... logo estou a gerar riqueza pó... sacana do gajo que ganha uma fortuna por cada consulta de 60 minutos!!
A questão económica em si:
Para poder ir ao "sacana" desabafar as minhas horriveis crises existenciais, posso deslocar-me de formas diferentes:
A pé fazendo-me gastar as solas dos sapatos contribuindo para a consolidação da industria do calçado (o que é positivo...) mas provocando a emissão de gases nocivos para a atmosfera por via das suas fábricas (menos positivo...) fazendo ainda com que transpire bastante (aqui o problema, para além dos detergentes e água gasta na lavagem da roupa, são mesmo os gases nocivos que emano... tendencionalmente de um tom amarelo esverdeado e fumegante...) e perca liquidos obrigando-me a gastar dinheiro em "mines" para os voltar a repor (os pratos voltam a quilibrar-se...) e assim alimentar a industria da "jola"... e manter as suas fábricas poluentes que estão a dar cabo das taínhas que habitam o Tejo (mas por uma "jola" fresquinha até o mundo se sacrifica um bocadinho... e ninguém come taínhas...)...
Se for em carro próprio gasto combustivel e enriqueço as empresas petroliferas ao mesmo tempo que dou um contributo importante para o aquecimento global do planeta dado o volume de co2 que é libertado pela minha viatura (que, diga-se em abono da verdade, até é um bom carro...) e ainda duas facadas na minha crise existencial pelo sentimento de culpa que me assalta ao aperceber-me de tudo isto. Para além disso volto a gastar as solas dos sapatos no trajecto que tenho de fazer até chegar ao veículo... consequência?? transpiro... logo?? compro umas "mines"... depois as longas filas de trânsito e o ruído ensurdecedor dos motores a roncar que só é combatido e suavizado pela som da carica da "mine"a saltar... (se ao menos tivesse aqui um pires de tremoço...)...
"Ah e coiso..." dizem vocês, que é como quem diz "... e porque é que não vais de carris..?? Deves ter algum problema em andar de transportes públicos... deves ser fino...! deves...!" Ora bem, se for através de um transporte publico continuo a gastar as solas dos sapatos para ir até à paragem... (já se está mesmo a ver onde é que isto vai parar...) consequência?? transpiro... logo?? ..."mines"... depois compro um bilhete que, por acaso, é de papel fazendo-me dar mais uma trolitada na crise pelo sentimento de culpa provocado pela árvore que acabei de abater na amazónia... não deixo de contribuir para o aumento do buraco na camada de ozono devido aos gases emitidos pelo escape do autocarro construído em 1938 e que me transporta ao consultório da "besta"... deprimindo-me ainda mais... consequência?? transpiro... logo?? pimba! mais uma mine...
Reflexão:
A tentiva e a busca de auxilio para resolver as nossas crises existênciais podem provocar sentimentos de culpa, depressões e, mais grave, pode tornar-nos mine-ó-dependentes...
Conclusão?
Meus amigos: as crises existenciais podem prejudicar gravemente a saúde... principalmente a do MEU fígado.
A dúvida:
Alguns poderão perguntar ainda: "Então e o psicologo no meio disto tudo fica onde...?!" - Olhem o meu fica na Av. da Républica... e dá consultas todos os dias das 10h às 18h.
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